terça-feira, 24 de julho de 2012

As chaves para o oceano azul


Segundo estudos da IBM, as empresas do futuro terão as seguintes características:
  • Ávidas por mudanças; 
  • Mais inovadoras que a imaginação dos clientes; 
  • Globalmente integradas; 
  • Desbravadoras por natureza (ousadas); 
  • Genuínas, não apenas generosas. 

Como vimos no nosso último post, o mundo da era da informação se encontra no centro de um vórtice onde tudo em torno está em mutação. As empresas navegam no mar da imprevisibilidade, pois as novas tecnologias impulsionadas pela criativa e rápida colaboração e divulgação no mundo virtual, criam oportunidades que somente empresas dinâmicas e enxutas podem transformar em negócios, ou seja, um novo produto que pode trazer o diferencial com o seu concorrente. Se antes o mundo pertencia às grandes corporações, hoje estas empresas se mostram pesadas e lentas demais para as necessárias mudanças de rotas, que se tornam cada vez mais necessárias. Portanto, a agilidade é a primeira chave para o sucesso. Para sermos ágeis precisamos conhecer os nossos processos, definir o nosso modelo de negócio mais eficaz e nos posicionarmos de modo estratégico no macroambiente, e como citado anteriormente, neste mundo “beta”, devemos estar atentos às novas tecnologias e aplicá-las na medida correta sem engessar as nossas empresas. A maioria das empresas peca quando perdem muito tempo se planejando e investindo pesado em soluções tecnológicas que logo se tornarão obsoletas.

“Não podemos usar velhos mapas para encontrar novos caminhos!” Gil Giardelli

A nossa próxima pergunta seria: Dominar os processos e a tecnologia basta? Efetivamente não, pois faltaria a segunda chave para o sucesso, e talvez a mais importante: O conhecimento como capital intelectual, que permite às organizações criarem soluções para as outras pessoas. As organizações são feitas de cérebros, são feitas de pessoas capazes de propor, criar e fazer diferente, pois a inteligência concentrada, o somatório da capacidade de produzir conhecimento em uma organização, hoje, é fundamental. O que chamamos de sinergia é a grande mola impulsionadora, pois ela cria dentro das organizações um ciclo virtuoso de compartilhamento de ideias e troca de experiências, tornando o que é conhecimento tácito em explícito. Esta nova esfera da cadeia de valor é o que renova constantemente as organizações, favorecendo o crescimento dos seus colaboradores e consequentemente das mesmas. É importante frisar que este compartilhamento de ideias e de conhecimento, não devem se restringir ao microambiente empresarial. Como tudo nesta grande aldeia, deve ser global. Devemos não somente ampliar o nosso raio de pensamento, mas devemos inspirar pessoas e ouvi-las. Utilizar o “crowdsourcing” , a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários espalhados pela internet como ferramenta para resolver problemas, criar conteúdo e soluções ou desenvolver novas tecnologias é importante e uma troca justa.

“A mente que se abre a uma nova ideia, jamais voltará ao seu tamanho original.” Albert Einstein

A terceira chave para o sucesso é praticamente uma consequência das duas anteriores. A inovação surge como a união de pequenas ideias compartilhadas ao longo do tempo, alimentadas por tecnologia e demandas, que se ainda não existem, estão prontas para serem criadas e o seu maior atrativo está na simplicidade. Este é o valor agregado ao seu produto, que o seu cliente está disposto a pagar além do seu valor intrínseco. Será o fator determinante que o separará do oceano vermelho da concorrência predatória por preço, e te levará ao oceano azul dos novos espaços no mercado.

Edimilson Zambaldi - Consultor Onixx Consultoria Organizacional