Depois das instalações dos
primeiros radares eletrônicos no Rio de Janeiro, vulgos “Pardais”, as multas
começaram a chegar aos infratores. Neste caso tivemos dois grupos distintos:
Aqueles que conscientes de terem desrespeitado a placa de velocidade máxima e
pagaram a respectiva multa e o grupo que se recusou a pagá-la, alegando que,
além da placa de velocidade máxima permitida, deveria haver uma placa indicando
que o setor estava sob vigilância eletrônica e procuraram a justiça. Ocorreu
que, a justiça julgou procedente a reclamação e anulou todas as multas até a
devida colocação das placas indicativas de “Fiscalização eletrônica”, porém, os
que já haviam pagado as multas não tiveram o dinheiro de volta.
Esse é um exemplo de como
damos sempre um "jeitinho" para não cumprirmos as regras. Em várias
palestras que tenho proferido sempre faço menção a esta verdadeira desgraça,
que muitos cultuam e acreditam ser uma virtude dos brasileiros. Buscar alternativas
espúrias em vez de usar o bom senso e o respeito ao outro são as marcas de uma
sociedade do "salve-se quem puder".
“No Brasil, quem tem ética
parece anormal”
Mário Covas
É esse mesmo sentimento que
tiveram aqueles que pagaram as multas, conhecidos aqui como "otários",
que nos desanima e deixa a impressão de que o crime compensa. Como mudar este
comportamento?
“Todo o brasileiro é um
ladrão em potencial, mas a frase não é minha, roubei de alguém”. Anônima
Tudo é uma simples questão de atitude,
que está intrinsecamente ligada a educação e ao bom senso. A educação, no
entanto, não é uma atitude diante da fiscalização ou da eminência
do castigo, o nome disso é obediência. Educação é o comportamento do indivíduo
quando ninguém está olhando e faz parte do seu modo de agir e pensar...
Continua no próximo post....
Edimilson Zambaldi - Consultor da Onixx Consultoria
Organizacional
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